sexta-feira, 22 de agosto de 2014




Salto Alto e Dangling - Um casamento indissociável














O Advento do salto alto teve sua origem na imemorial antiguidade, do Egito antigo, o qual remonta a data de 1000 A.C, sendo encontrado em tumbas seus primeiros modelos. 
Ao passo que na Grécia Antiga foram usados saltos de distintos tamanhos e alturas em plataforma, os quis determinavam a hierarquia social destas sociedades.
Transcendendo o contexto de hierarquia, o salto alto estava também relacionado à sexualidade. Forte exemplo disso, são as cortesãs que utilizavam tamancos medindo a altura entre 15 a 30 cm. como também, as concubinas chinesas e as odaliscas portavam sandálias altas para não escaparem do Harém.
Por outro lado, na Europa Ocidental, berço do iluminismo, renascimento cultural e das artes, a moda dos saltos altos teve como grande marco os "choppines" italianos, sandálias com plataforma de altura entre 15 a 42 cm. 
Diante desse cenário, é atribuída como grande precursora dos saltos altos, a rainha da França Catarina de Médici  ( Sec.XVI) . Por possuir baixa estatura utilizava  saltos altos como forma de afirmação. Sempre portava em sua bagagem uma diversidades de sapatos altos encomendados por artesãos italianos.
Além do âmbito de ostentação e glamour, o uso do salto alto teve um aspecto estereopatizado, como por exemplo a edição de leis em Parlamentos europeus, que puniam como feiticeiras todas as mulheres que utilizavam sapatos de salto alto para seduzir ou atrair homens ao casamento. Com efeito, posteriormente os saltos altos foram introduzidos nos Estados Unidos, importados diretamente dos Bordéis de Paris.
A partir desse breve histórico, percebe-se a onipotência do salto como instrumento de poder, determinando posições hierárquicas, ao mesmo tempo delineando aspectos sexuais, de ordem fetichista bem como ícones do mercado de moda e de consumo, venerados como verdadeiras obras de arte, produzidos por designer renomados como Salvatore Ferragamo e Manolo Blank.
Nesse sentido, se faz adequado a abordagem do advento do Dangling, como grande fenômeno comportamental, cujo qual incorporado ao salto alto, se torna uma dos mais perfeitos elementos estéticos construídos pela criatividade e comportamento humano.
Como já fora explanado, Dangling ontologicamente, para o senso comum define-se como uma mera pratica trivial, um "vício", " um tic nervoso" oriundo do nervosismo e inquietude femininas.
Toda via, para nossa concepção de estudo e pesquisa, o Dangling ocupa uma posição de destaque de uma pirâmide comportamental e estética. Concebendo-se dessa forma, como uma expressão do belo, do fascínio, alcançando a elevação máxima da sensualidade, charme e encanto feminino.
Essa mero "balançar de sandálias", que para a terminologia inglesa é tipografada como "Shoe Play" ou "Dangling shoeplay", ou tão somente "brincar ou balançar com os saltos'', é concebida para a iconografia e linguagem fetichista como auge da sensualidade, da sedução e ao mesmo tempo do domínio feminino.
E é a partir desse conceito, que serão estabelecidos e desenvolvidos os trabalhos de pesquisa, e construídas produções de Moda do projeto Haus of Dangling. 
A parti de toda essa argumentação, para você,  DANGLING É MANIA OU CHARME?