sexta-feira, 18 de setembro de 2015




Relato de uma Dangler














Um dos objetivos da Haus of Dangling é trazer a conscientização que o Dangling, muito mais que uma mania, um tick nervoso, pode ser concebido como algo belo, sensual e feminino.
Nesse intuito busca-se coletar opiniões e depoimentos de garotas que seja dotadas dessa majestosa e pitoresca habilidade. 
Segue um belo texto escrito pela Dangler Dany:



“E esses movimentos que surgem de repente, sem esperar nossos pés tem essa iniciativa inexplicável, seja lá no ambiente em que você esteja: trabalho,cinema,barzinho,faculdade entre outros, meus pés não se intimidam e se joga nesse movimento de vai e vem, como uma brisa, um balançar de uma rede, uma brincadeira maravilhosa e nossos pés e salto em um ritmo que não perde o balançar. E qdo escutamos aquela bela música? Não sei com vcs meninas, mas meus pés manda ver, rsrsrs acelera o ritmo e vai no som da música. E o Danglings forma um conjunto mega maravilhoso entre todos os ritmos e brincadeiras em um só lugar!
Eu sou uma viciada! # danglershoeplayer. E vc? Conte-nos!Deixe seu comentário!”

segunda-feira, 7 de setembro de 2015






Dangling: Um Fenômeno Comportamental

















Desde o advento das suntuosas cortes de Versalhes, precisamente entre a época medieval e o período do Iluminismo francês, os sapatos de salto alto eram concebidos como instrumento de poder, autoridade e hierarquia social. Portados inicialmente por reis e membros da mais alta nobreza, representando figura de destaque diante à sociedade da época.
Com efeito, com o passar da era moderna aos tempos atuais, a função social desse elemento do vestuário esteve coadunada com a estética, formalidade e costumes, conforme exigiam-se nos mais diversos eventos e momentos em sociedade, apresentar-se de traje e calçados específicos, o que caracterizava claramente as regras e traquejo em comunidade.
Não obstante, a massiva e intensa ação da publicidade e propaganda, por meio de seus  veículos midiáticos, especialmente as produções cinematográficas em Hollywood nos Estados Unidos da América, funcionou como válvula propulsora para a constituição de um novo atributo ao salto alto: a sensualidade e liberdade feminina.
Personificada na figura de personagens autênticas, sedutoras e de personalidade fortes, interpretadas por belas atrizes e modelos, propagou-se o paradigma da” Famme Fatale”, como Marilyn Monroe, Grace Kelly, Madona, Cindy Crowford, dentre outras, trazendo a ideia do poder do salto alto, como instrumento de beleza e sedução.  
Nesse contexto, vislumbra-se a inegável associação com o Dangling, comportamento esse, intrínseco às mulheres ansiosas e frenéticas, cujo qual foi rotulado como sinônimo de nervosismo, tick nervoso e insegurança. Desde meados do século VIII ao século XX, desenvolveu-se na França. um tratamento conceitual do denominado “Fetichisme de lé pied” ou “feitiço do pé”, relatando a adoração de homens por mulheres que portavam saltos altíssimos, desenvolvidos com materiais e cores que estimulavam os sentidos visuais.
Com isso, o Dangling, acaba por receber um outro significado muito especial, relacionado à beleza e sensualidade feminina, desvinculando-se da errônea ideia de “mera mania” ou “tick nervoso”, transcendendo estereótipos tão limitados e preconceituosos, projetando-se sob uma outra égide, qual seja, um complexo axiológico formado pela junção de dois elementos: pés e salto alto Um casamento indissociável, uma das mais perfeitas construções estéticas humanas, exorbitadas em campanhas publicitárias de gigantes grifes e marcas de moda, como Dolce & Gabana e Dior.

Concluindo, não se trata de um simples balançar de sandálias ou sapatos altos, executados de forma hábil e exaustiva, mas sim um charme, um instrumento feminino que comunica beleza, sensualidade e esplendor.