Dangling: Um Fenômeno Comportamental
Desde o advento das
suntuosas cortes de Versalhes, precisamente entre a época medieval e o período
do Iluminismo francês, os sapatos de salto alto eram concebidos como
instrumento de poder, autoridade e hierarquia social. Portados inicialmente por
reis e membros da mais alta nobreza, representando figura de destaque diante à
sociedade da época.
Com efeito, com o
passar da era moderna aos tempos atuais, a função social desse elemento do
vestuário esteve coadunada com a estética, formalidade e costumes, conforme
exigiam-se nos mais diversos eventos e momentos em sociedade, apresentar-se de
traje e calçados específicos, o que caracterizava claramente as regras e
traquejo em comunidade.
Não obstante, a massiva
e intensa ação da publicidade e propaganda, por meio de seus veículos midiáticos, especialmente as
produções cinematográficas em Hollywood nos Estados Unidos da América,
funcionou como válvula propulsora para a constituição de um novo atributo ao
salto alto: a sensualidade e liberdade feminina.
Personificada na figura
de personagens autênticas, sedutoras e de personalidade fortes, interpretadas
por belas atrizes e modelos, propagou-se o paradigma da” Famme Fatale”, como
Marilyn Monroe, Grace Kelly, Madona, Cindy Crowford, dentre outras, trazendo a
ideia do poder do salto alto, como instrumento de beleza e sedução.
Nesse contexto,
vislumbra-se a inegável associação com o Dangling, comportamento esse,
intrínseco às mulheres ansiosas e frenéticas, cujo qual foi rotulado como sinônimo
de nervosismo, tick nervoso e insegurança. Desde meados do século VIII ao
século XX, desenvolveu-se na França. um tratamento conceitual do denominado “Fetichisme
de lé pied” ou “feitiço do pé”, relatando a adoração de homens por mulheres que
portavam saltos altíssimos, desenvolvidos com materiais e cores que estimulavam
os sentidos visuais.
Com isso, o Dangling,
acaba por receber um outro significado muito especial, relacionado à beleza e
sensualidade feminina, desvinculando-se da errônea ideia de “mera mania” ou “tick
nervoso”, transcendendo estereótipos tão limitados e preconceituosos, projetando-se
sob uma outra égide, qual seja, um complexo axiológico formado pela junção de
dois elementos: pés e salto alto Um casamento indissociável, uma das mais
perfeitas construções estéticas humanas, exorbitadas em campanhas publicitárias
de gigantes grifes e marcas de moda, como Dolce & Gabana e Dior.
Concluindo, não se
trata de um simples balançar de sandálias ou sapatos altos, executados de forma
hábil e exaustiva, mas sim um charme, um instrumento feminino que comunica
beleza, sensualidade e esplendor.
Perfeito o texto, bem desenvolvido e bem explicado! Nota 10, parabéns Leopoldo Rustan👏👏👏👏
ResponderExcluirPerfeito o texto, bem desenvolvido e bem explicado! Nota 10, parabéns Leopoldo Rustan👏👏👏👏
ResponderExcluirSomos divas :-*
ResponderExcluirQue bom que gostaram meninas. O Dangling muito mais que uma mera mania,pode ser visualizado como a expressão máxima da feminilidade,um charme e sensualidade singular. Em suma: estilo,beleza e comportamento!
ResponderExcluirHum... Tenho essa "mania" desde que me conheço por gente! O que até então para mim era " iú tic" pessoal hj denomina-se dangling...
ResponderExcluirConfesso que até ver a postagem sobre o assunto no face, nunca parei para pensar no que meus pés faziam.Para mim não passava de uma maneira de externar a ansiedade ou um frenesi involuntário dospés a procura de algo mas agora lendo e conhecendo um pouco sobre o assunto, estou achando um charme ser conhecida e denominada como uma autêntica " dangling".
O que posso dizer sobre essa experiência é que..." Os pés dançam alucinados em frenesi, num ritmo tão descompassado que os sapatos já não cabem em si.
Charme? Elegância, estilo, mania? Não sei de fato o que se apodera de mim mas basta um cruzar de pernas e meus pés se libertam num balanço que não tem fim." NATALIA ESPOSTE
Hum... Tenho essa "mania" desde que me conheço por gente! O que até então para mim era " iú tic" pessoal hj denomina-se dangling...
ResponderExcluirConfesso que até ver a postagem sobre o assunto no face, nunca parei para pensar no que meus pés faziam.Para mim não passava de uma maneira de externar a ansiedade ou um frenesi involuntário dospés a procura de algo mas agora lendo e conhecendo um pouco sobre o assunto, estou achando um charme ser conhecida e denominada como uma autêntica " dangling".
O que posso dizer sobre essa experiência é que..." Os pés dançam alucinados em frenesi, num ritmo tão descompassado que os sapatos já não cabem em si.
Charme? Elegância, estilo, mania? Não sei de fato o que se apodera de mim mas basta um cruzar de pernas e meus pés se libertam num balanço que não tem fim." NATALIA ESPOSTE
Que Deus abençoe seu projeto,e eu gostaria de participar também
ResponderExcluirShow!!! Muito interessante..
ResponderExcluirParabéns pelo estudo e pelas referências históricas 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderExcluirParabéns pelo estudo e pelas referências históricas 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
ResponderExcluirMuito obrigado, fico contente que tenha gostado.
ResponderExcluirTá aí um fenômeno comportamental que faz parte do meu dia a dia! O curioso é haver uma denominação e tantas outras fontes de pesquisa sobre o assunto.Encantada com o texto, Leonardo Rustan! Parabéns!
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